Nesta página estão as partilhas realizadas no período de tempo que engloba a publicação do meu primeiro romance, No País do Silêncio, o momento em que terminei a escrita de A Menina Invisível e os meses a seguir ao seu lançamento. São os meus primeiros meses de escritora publicada. As partilhas falam disso, mas também refletem sobre o que se vai passando à minha volta nos anos de 2021-2022.
Em finais de Fevereiro de 2023 deixei de escrever aqui. Migrei para uma nova casa, de manutenção mais simples e mais aberta à comunicação.
Apareçam por lá, e conto-vos o que tenho feito. Na escrita e noutras coisas.
Nesta página estão as partilhas realizadas no período de tempo que engloba a publicação do meu primeiro romance, No País do Silêncio, o momento em que terminei a escrita de A Menina Invisível e os meses a seguir ao seu lançamento. São os meus primeiros meses de escritora publicada. As partilhas falam disso, mas também refletem o que se vai passando à minha volta nos anos de 2021-2022.
Em finais de Fevereiro de 2023 deixei de escrever aqui. Migrei para uma nova casa, de manutenção mais simples e mais aberta à comunicação.
Apareçam por lá, e conto-vos o que tenho feito. Na escrita e noutras coisas.
Defeito de visão
À minha frente está uma mulher invisível. Esta, não saiu da minha cabeça, já que, tanto quanto sei, ainda só invento gente para a ficção.
A Menina Invisível: convite e trailler
Estou em Portugal há quase um mês e, dependendo da hora do dia ou do propósito, ora me parece que cheguei há uma semana, ora
À conversa com Isabel Araújo Branco
Mérito das perguntas da Isabel e da eliminação do factor vídeo a acanhar o pensar, foi este, talvez, o resultado menos engasgado e a oralidade mais próxima de mim.
Aquela tarde
Durante muito tempo, não achei que tivesse ficado sozinha por causa daquela tarde. Não pegava nela, porque era delicada e temia que se partisse em mim. Só agora, numa extravagância de tempo passado, é que o faço e descubro, com um espanto manso, que foi devido a ela.
Caminhos perdidos
E penso, por momentos breves, se cada vez mais vai ser assim. Se em vez de olhar maravilhada para a promessa de todos os caminhos, vou ficar parada, peganhenta e a sacudir formigas.
No Dia da Língua Portuguesa
Desafiaram-me a fazer um vídeo de trinta segundos, sobre o que é, para mim, a língua portuguesa.
Os lugares que são nossos cachorros
Somos donos dos lugares que ocupámos. Como cachorro atrás da porta, esperam por nós. Anos depois, reconhecem-nos ainda, e trazem nas patas os abraços possíveis.
Turista salta-bercinhos
Estou sozinha em Mumbai, nesse anteontem, com tostões no bolso e ilusões na cabeça. Estou à espera de um país à medida do meu idealismo ingénuo. Não entendi nada até ali. E depois entendi tudo.
À conversa com António José Gomes, na Universidade Popular do Porto
Videoconferência a acontecer esta Quinta-feira, 13 de Janeiro, às 6 da tarde. Só por coincidência… no dia do meu aniversário.
Delírios temporais de um cu
Angústia que não cheguem lá nunca e se esqueçam de tudo. Porque é fácil esquecer tudo. Menos o que carregamos conosco. E que, pese intenso à nossa medida, pode não ser suficiente para nos salvarmos.
Atenção: sessão cancelada
Era para ser presencial, depois já só era presencial a metade — o Pedro Estorninho e o José António Gomes ao vivo e eu por
Fim de uma obra
Descanso, agora que está impressa. Posso finalmente começar a arrancá-la de mim. Pouco a pouco. Posso sentar-me ao sol, numa tarde de Domingo, e ler outras palavras que não as minhas.
2ª Edição
Está de parabéns, o No País do Silêncio. É dono de uma cinta vermelha, que lhe vem mesmo a calhar vestir para o Natal.
Instantâneo 2
Coimbra. Sala pequenina. Gente que vem porque o amigo diz. Estamos na franja do mundo. Da azáfama, das elites, do burburinho. Estamos à margem.
Os livros também crescem
Achei que escrever um livro era tarefa que começava e acabava no recolhimento solitário da minha mente, no bater surdo dos meus dedos nas teclas
Desculpas encharcadas
A culpa é do sol. E do Algarve ser lento na mudança de estações. E das reuniões familiares e dos abraços, das imperiais e dos tremoços.
Feira do Livro de Lisboa
Na Feira do Livro percebi, mais uma vez, que eu posso ter escrito o País do Silêncio, mas que não sou quem melhor o diz.
Apresentação do País do Silêncio na Festa do Avante
E foi assim, num início de tarde abrasador, que se passou a primeira apresentação do País do Silêncio.
Rita Cruz
Sobre mim
A minha casa é onde eu não estou
Nunca deixarei de ser Portuguesa, mas a palavra já não me define – e contudo, não há nenhuma outra melhor para me definir.
Dois mil e vinte e dois
Por isso não escrevi. E agora, já não sei se me apetece. No céu azul que temos por cima de nós, no ar limpo, varrido da chuva dos últimos dias, na brisa que atravessa a sombra, na manhã perfeita que vivemos, onde a pandemia desinsufla de horrores como um balão ferido de ar, não sei se me apetece escrever, digo-lhe.
Salvador
Salvador sempre foi pequenino. Quando nasceu, era pouco maior que as ratazanas cujas sombras espreitam nas traseiras das barracas dos hawkers.
As vidas que por mim passam
Durante uma semana, antes do dia da partida, ela fazia as malas e o menino desfazia. Espalhava as roupas pela casa. Escondia-lhe o passaporte.
Um pequeno detalhe de hormonas
Esta recordação não é de Talibãs, e só em parte é do Afeganistão. Não é sobre invasões nem cruzadas, nem sobre a urgência de falar e reflectir sobre elas. É a crónica de um momento. É sobre um cromossoma e um detalhe de hormonas.