Era para ser presencial, depois já só era presencial a metade — o Pedro Estorninho e o José António Gomes ao vivo e eu por videoconferência — e agora, afinal já não vai acontecer mesmo. A pandemia, que ainda é pandemia, assim obriga. O Pedro também vai ter de ficar em casa e a partir de casa não tem condições de fazer a conferência e eu, na verdade, também só fingia que as tinha. À medida que os dias se aproximavam cresciam os pesadelos com as certas interrupções ao vivo dos meus filhos porque a internet, ou o jantar, ou o Marc não se cala ou o Lucas deu-me um pontapé, ou olha mãe, estou a deitar sangue do nariz e tu aí na cama. E eu sim, no ecrã, frente à gente que não vejo, de almofada a espreitar nas costas porque nesta barraquinha frente à praia não há propriamente uma sala de trabalho. Livra! Com muita pena, mas… livra!
De modo que a última sessão de apresentação do No País do Silêncio vai ser mesmo na minha cidade da Guarda. Conto com vocês e a vossa presença, para a tornar a melhor de todas as sessões. É no dia 18, Sábado, às portas do Natal, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.
