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Crónicas
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Dois mil e vinte e dois
Por isso não escrevi. E agora, já não sei se me apetece. No céu azul que temos por cima de nós, no ar limpo, varrido da chuva dos últimos dias, na brisa que atravessa a sombra, na manhã perfeita que vivemos, onde a pandemia desinsufla de horrores como um balão ferido de ar, não sei se me apetece escrever, digo-lhe.
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Um pequeno detalhe de hormonas
Esta recordação não é de Talibãs, e só em parte é do Afeganistão. Não é sobre invasões nem cruzadas, nem sobre a urgência de falar e reflectir sobre elas. É a crónica de um momento. É sobre um cromossoma e um detalhe de hormonas.
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A minha casa é onde eu não estou
Nunca deixarei de ser Portuguesa, mas a palavra já não me define – e contudo, não há nenhuma outra melhor para me definir.
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As vidas que por mim passam
Durante uma semana, antes do dia da partida, ela fazia as malas e o menino desfazia. Espalhava as roupas pela casa. Escondia-lhe o passaporte.
As crónicas presentes nesta página foram escritas entre meados de 2021 e início de 2023.
Em Fevereiro, as partilhas migraram para outro espaço, o desta Newsletter que vos convido a lerem e subscreverem: